Uma manhã de férias normalíssima com um bebé de 14 meses.
Aproximadamente 7 da manhã. Acordo com um som estridente e no meu inconsciente penso que fui teletransportada durante o sono para a faixa de Gaza. Desperto, afinal é o baby que acordou a berrar, nada de novo. Levanto-me e pego-o ao colo. Enche-me de ranho. Continua a gritar e meto-o no chão. Vou mijar, sim eu digo mijar. Vou prepara-lhe o leite. Vem atrás de mim e pendura-se nas minhas pernas. Parece um saguim pigmeu. Não consigo movimentar-me entre a bancada e o micro-ondas. Pego-o e penduro-o na anca esquerda, é a que dá mais jeito. Consigo fazer tudo só com a mão direita. Passou 50 segundos. Ele quer abrir a porta. Tiro o leite, enrosco a tetina e dou-lhe. Finalmente cala-se e a minha cabeça bate palminhas. Deito-o ao lado do pai para beber o leite. Preparo-lhe a roupa. Preparo o equipamento balnear composto por mochila de toalhas, malinha do lanche, saco dos brinquedos, chapéu, tenda, piscina. Vou à casa de banho na tentativa de me arranjar. Entretanto está novamente pendurado nas minhas pernas. Hora de fazer a higiene e vestir o rapazinho. Deito-o na cama e tenta fugir. Forço-o a estar deitado, afinal quem é que manda? Faz birra para trocar a fralda. Bresunto-o com o protetor. Faz birra para vestir. Está pronto e já passa das 8h30. Tomamos o piqueno-almoço. Ele quer cereais, pão, iogurte e as colheres. Finalmente vamos para a praia. Agarramos todo o equipamento e procuramos as chaves do apartamento que o meu marido nunca sabe onde mete. Ralho e digo asneiras começadas por F e C. O baby agacha-se e faz força. Cheira a bichos mortos. Temos de repetir todo o processo de despe, limpa o cu, mete creme, mete a fralda e veste. Parece que é desta. Saímos porta fora. Faz birra porque quer carregar no botão do elevador. O elevador chega. Entra e senta-se no cantinho. Ri-se quando começa a andar. Faz isto todos os dias! Descemos do 4 para o piso 0. Felizmente a praia é a 100 metros.
Ahhhhhhhhh, quando é que começam as férias mesmo?
