06 maio 2019

Adeus Oh Cutxi Cutxi

Foram 5 anos de partilha, desabafos e peripécias. 
O gosto pela escrita e partilha de experiências levou-me a criar este diário digital. Desde miúda que escrevo em diários, que risco aqui e ali ideias que vão surgindo. Mais tarde comecei a escrever reports das minhas viagens em sites como o Portal das Viagens, escrevi sobre cruzeiros em sites dedicados ao tema e com tanto conteúdo pessoal espalhado por várias plataformas achei que deveria ter um sítio meu.

Sem grandes pretensões, sem qualquer intuito comercial, nasceu Oh! Cutxi Cutxi. 
Inicialmente era um blog de partilha da minha experiência nem sempre maravilhosa como mãe. Tudo o que lia parecia-me muito floriado, muito fofinho, muito cutxi.
Oh Cutxi Cutxi é um sarcasmo. Eu nunca saberei escrever coisas fofinhas, sou um Zé trolha. 

Cutxi Cutxi é um nome brilhante, I Know, por isso começou também a ser utilizado por outras pessoas que entretanto o tornaram marca registada. A minha ingenuidade.

Este Blog cresceu, começou a ter alguma expressão, não é apenas visto pela minha mãe, irmã e amigos. Tenho seguidores que gostam do que escrevo, que riem, que se sentem inspirados com as minhas partilhas. 
São cerca de 15.000 pessoas alcançadas diariamente pelo meu trabalho, obrigada.

O blog não vai acabar. Vai mudar de casa, de nome, e conceito. É como se tivesse sido despejada de um T2 e estivesse a comprar o palácio do Ramalhete onde a Madonna morou em Lisboa. 

Estou muito feliz com o que aí vem. Finalmente vou dar o passo que tanto ambicionava. 

Conto com a vossa visita na casa nova?

Até já. 

04 maio 2019

4 Anos de Santi fofinho



O meu bebé está a ficar tão crescido.

4 anos de Santiago

Já anda de bicicleta sem rodinhas, veste-se sozinho e quer ser ele a escolher a roupa, adora calças de ganga e doces no geral. Gosta de mimo, de colo, de festinhas e que lhe cocem as costas. É o mais dorminhoco da tribo. Ainda usa fraldas de noite e tem sido muito complicado tirar. 

O meu Santi fofinho, meu Santi saguim, minha lapa de estimação.

Chegou sem estarmos à espera e veio completar a tribo mais barulhenta do acampamento.

Muito parabéns meu amor.

03 abril 2019

TAKEOFF

Estamos a caminho!
Vamos novamente atravessar o atlântico para um novo destino.

Vai estar calor, vamos fazer muita praia, conhecer 3 países e repetir uma experiência que adoramos. Para os miúdos vai ser tudo novidade prevemos dias inesquecíveis, apesar de pequenos eles retêm sempre algo das viagens que fazem.

Também não vai ser tudo maravilhoso. São muitas horas de avião, é preciso carregar as baterias da paciência, da tolerância e ligar o descomplicómetro. Viajar com crianças é cansativo para todos, mas no final o que fica na memória são os bons momentos, as gargalhadas, a felicidade que sentimos quando estamos família.

Curiosos com o destino?
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28 março 2019

Férias surpresa para os miúdos

Estamos a poucos dias de embarcar numa nova aventura a 4 mas eles não sabem.

Pela nossa experiência quando contamos aos miúdos com alguma antecedência eles ficam muito ansiosos, fazem contagem regressiva, questionam mil vezes se falta muito e isso não é nada favorável para a sanidade mental desta família. Para stressadinha já basto eu!

Esta ansiedade é muito propícia a birras e a mau comportamento no geral e desta vez queremos evitar isso. Sonhamos com umas férias inesquecíveis, sem birras, com meninos a vestir calções felizes e contentes, a colocar protetor sem provocar um tsunami, essas coisas banais da vida de um turista. 
Para os meus filhos coisas como, usar chinelos com areia, molhar olhos com água salgada, usar calções de banho para a idade deles, proteção solar, usar chapéu, tudo é motivo para chinfrim de elevada intensidade.  

Desta vez só vão saber que vamos viajar na manhã desse dia. Vai ser um "meninos acordem porque vamos andar de avião para bué bué de longe"!

Na verdade estamos a fazer um teste, vamos ver se resulta.

Agora resta-me fazer malas, malinhas e maletones à socapa para que não desconfiem de nada, porque quando há malas pela casa isso é sinónimo de que está quase.



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Autora Mães.PT

14 março 2019

Paraíso ali ao virar da esquina #14 Fragas do Lobo


Num vale encantado na Serra da Gardunha há uma casinha de pedra repleta de história e estórias. Tem vista para uma ribeira de águas translúcidas, uma cascata sublime e um baloiço suspenso sobre o riacho, chegámos às FRAGAS DO LOBO.

Um espaço perfeitamente integrado com a natureza, onde é possível descansar, namorar ou passar uns dias muito agradáveis em família. 

O sonho comanda a vida e o projeto da querida Inês, Hugo e pequena Francisca são a prova disso mesmo.
Ela Arquiteta Paisagística, Ele Professor Universitário, trocaram a vida agitada da cidade pela aldeia histórica Castelo Novo. Não têm qualquer raiz familiar na zona mas apaixonaram-se pela herdade e decidiram ficar por ali a viver. Entre sonhos, projetos e aprendizagens, recuperaram uma antiga azenha de pedra da aldeia e assim nasceu o Turismo de Natureza que tive oportunidade de conhecer recentemente.   

Um menino de 5 anos, chegou às Fragas do Lobo, olhou em volta e exclamou: "Mãe eu estou num filme" foi a reação mais genuína que retive e serve exatamente para resumir o que sentimos ao observar a beleza daquele espaço. 










A Casa 
Uma antiga azenha de pedra recuperada mantendo muitos dos traços originais. Ideal para um casal, ou família com crianças. A decoração é soberba, de um bom gosto incrível. 
 É tudo tão acolhedor, tão cosy que senti-me em casa.

As crianças são muito bem vindas, há parque infantil, jogos de tabuleiro e um sem número de brincadeiras que a natureza proporciona.













Pequenos - Almoços 
Os pequenos almoços são memoráveis. Diariamente a querida Inês prepara com amor e dedicação os pequenos almoços para os seus hóspedes. Praticamente tudo caseiro, colhido na sua horta de produtos biológicos. Ovos mexidos das suas galinhas, sumo de laranja das suas laranjeiras. Panquecas feitas no momento, queijos da região e bolo caseiro. Tudo chega à hora combinada dentro de cestas de vime.  









Foi uma agradável surpresa, voltarei sem dúvida no verão quando as temperaturas convidarem a bons mergulhos na cascata e pic nic junto à ribeira.
Aconselho sem pestanejar. 

Reservas
Podem reservar diretamente no site ou através do Booking.

Caso optem pelo Booking façam-no com este link, que vos garante um desconto de 10% na reserva. Tu ganhas e eu também para continuar a levar-vos a sítios giros como este.

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"Não ouças o que te dizem, Vai ver"
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Autora Mães.PT

01 março 2019

Pais são bons pais mesmo sem assistir aos desfiles carnavalescos dos filhos


mamãe eu quero, mamãe eu quero
mamãe eu quero mamar!
Dá a chupeta, dá a chupeta, ai, dá a chupeta 
Dá a chupeta pro bebé não chorar!

Depois desta introdução musical muito célebre nesta altura do ano, passei por aqui só para vos dizer que os pais que não podem assistir aos desfiles de carnaval dos filhos, também são bons pais. São  ótimos pais, no entanto as vidas profissionais não lhes permite chegar mais tarde, sair mais cedo ou faltar e isso não tem nada de mal.

Numa altura que se supõe ser de felicidade e alegria vejo muitas mães/pais arrasados por não poderem cumprir com o programa carnavalesco dos filhos, desfiles, paradas, bailes e festividades diversas. 

Esta pressão a que os pais estão sujeitos atualmente faz-me muita confusão. Obviamente que num mundo de fantasia todos os pais, avós, padrinhos e pessoas queridas poderiam assistir aos seus super heróis e princesas a desfilar nos sambódromos da zona. Mas na vida real as pessoas trabalham, há patrões flexíveis outros vilões, há responsabilidades, há profissões em que as pessoas são insubstituíveis. 

Certamente também há progenitores que estão-se a borrifar para as atividades escolares dos filhos e não valorizam o esforço e empenho das equipas de cuidadores, mas quero acreditar que é uma pequena parte. (espero)

Os miúdos adoram saber que está ali alguém para os ver, ficam felizes e sentem-se o único homem aranha ou Frozen do desfile, mas se ninguém for estão felizes na mesma, motivados pela alegria de todo o ambiente à sua volta.

Haverá sempre alguém lá para os ver no geral e isso é o mais importante. 

Não se apoquentem, bom entrudo.

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Autora Mães.PT

13 fevereiro 2019

São Valentim em Itália: Bello Forno



Não é em Itália, mas é no número 50 do Campo das Cebolas que é quase a mesma coisa!

 Bello Forno é o restaurante mais italiano de Lisboa onde as receitas são elaboradas com base nas tradições napolitanas e confecionadas com ingredientes DOP para garantir qualidade e frescura aos pratos.  

Basicamente é como passar por Pisa e tirar uma foto a segurar a torre inclinada, entrar no coliseu de Roma e sentir-se um poderoso gladiador e terminar numa gôndola pelos canais de Veneza. Uma viagem pelos sentidos ao provar a Calzone Frita, a Margarita DOP, o Gnocchi ou mesmo o Tagliatelle alla Boscaiola. 

Ranjan Ghimire é a prova viva de o sonho comanda a vida. Nasceu no Nepal e desde cedo sonhou ter o seu próprio restaurante. Viajou para a Alemanha, conseguiu emprego num restaurante italiano a lavar pratos e aqui nasceu o sonho pela comida italiana. Entretanto viajou para Nápoles onde aprendeu todos os segredos sobre pizza napolitana e em 2018 abriu o Bello Forno. 

Convido-vos a conhecer este espaço. 

08 fevereiro 2019

Valentim

Sei que andam com insónias, palpitações e até arritmias cardíacas porque está aí o dia da beijaria e ainda não têm nada programado. 

Por aqui passa-se o mesmo com a diferença de que não estou assim muito preocupada, quase nada vá. 

O dia de S. Valentim é muito querido entre os casais e supõe-se que envolva um jantar romântico, bom vinho a acompanhar, flores, ursinhos, e mimos diversos. Para encerrar, a noite pede acasalamento de preferência em regime TI.

Por aqui somos muito adeptos de presentear o outro com experiências, momentos através dos quais possamos criar memórias. Cada vez mais entusiastas do ir, do usufruir, do estar, do partilhar, do experimentar.

Há muitos anos que não compramos coisas materiais e há uns anos que também não saímos de casa nesta noite.

Ficar em casa, vestir o pijama sem borbotos, jantar pelas 22h00, quando os miúdos já dormem, passou a ser a nossa rotina de Valentim. Um jantar a dois no conforto do lar, acompanhados por um bom vinho e lareira, equivale a uma semana de mordomias no Hermitage Monte-Carlo hotel.

Por norma compramos sushi e abusamos nos morangos com chantilly. Esta combinação é inigualável. Podia dizer-vos que costumamos abrir Dom Pérignon e que bebemos em flutes de cristal com pepitas de ouro mas saberiam que estava a mentir.

Desejo-vos um excelente valentim, distribuam amor, neste dia e sempre que possam.

XOXO com coração e uma seta a atravessar de um lado ao outro.





31 janeiro 2019

Janeiro

Não me lembro de alguma vez na vida ter tido um Janeiro tão caótico.

Por motivos profissionais Janeiro é habitualmente super preenchido e stressante mas este mês deu 10 a zero a todos os outros, desde que me lembro de ser gente.

Foi a gripe, foi a pneumonia, duas semanas a ganhar mofo em casa, o caos a triplicar no trabalho e como se não bastasse esteve um briol inacreditável.

Podia ter aproveitado as semanas em casa para colocar os posts em ordem, gostava de vos ter falado sobre o Natal na tribo, sobre o revelhão, os meus objetivos para 2019 entre tantas outras coisas, mas não me apeteceu. Passei dias a dormir, entregue à depressão e à pneumo. Nem sei o que meu deu, entrei num estado de inércia e não me apeteceu fazer um boi.

Quando estava acordada via os Alerta CM e os programas do Discovery Channel e National Geographic. Papei todos os conteúdos relacionados com pessoal a descobrir ouro, malta da apanha da minhoca, a dupla da apanha de cogumelos, o velhote do dique para pescar enguias e criei até bastante empatia pela família que vive no meio do Alasca.

Não me esqueci da pesca radical, adoro quando sacam as armadilhas do agitado mar de Bering cheias de caranguejo real e entretanto aprendi a identificar quando um atum rabilho vale 40 dólares o Kilo, de tanto ver o programa Wicked Tuna

Também adoro os que sobrevivem em pelota no meio de nenhures mas como é transmitido à noite e tomava uma medicação que me fazia desmaiar em 2 minutos, não consegui ser uma telespectadora tão pontual.

Depois chegavam os miúdos, queriam ver aqueles bonecos sem jeito nenhum e acabava-se o meu reinado de TV.

Adeus Janeiro, Fuck Off.

 

16 janeiro 2019

Sobre Agradecer - Obrigada enfermeira Matilde Almeida Guerreiro

2019 não podia ter começado da pior forma. Uma gripe tramada não me larga desde o início do ano e levou-me às urgências do hospital São Bernardo em Setúbal. Era 1h30 da madrugada sentia-me com muita falta de ar, uma tosse que me despedaçava a cabeça e corpo e não hesitei. Sabia que não podia ser "apenas" gripe, tinha de ser algo mais.

Estava um frio horrível, apanhei 0 graus ao longo do caminho. Cheguei às urgências e a sala de espera vazia, também quem vai ao hospital aquela hora? pensei. 

Fiz a triagem e encaminharam-me directamente para uma sala de tratamentos onde contei 19 pessoas, maioritariamente idosas, a receber oxigénio com recurso a máscaras, umas sentadas, outras em macas e aquilo pareceu-me um género de apocalipse. 

Eu sou facilmente impressionável, odeio hospitais, choro com agulhas, sou super sensível à dor, desmaio quando vejo sangue e sinto-me miserável nestes ambientes. 

Estive muito tempo naquela sala a observar tudo o que se passava, ouvia as lamurias das pessoas, queixavam-se com dores, com falta de ar, e do tempo que estavam ali à espera, umas desde as 21h, outras desde as 17h e eu pensei que aquela hora não ia ser atendida nunca.

Naquela sala havia uma pessoa que era o centro da minha atenção. Uma enfermeira de um profissionalismo incrível, carinhosa, muito dedicada e do mais humano que já conheci. Ela andava de um lado para o outro a acudir às várias situações pendentes e eu via-a com uma capa de super heroína! Pouco tempo depois de eu chegar à sala ela lembrou-se que as pessoas estavam ali há horas e que certamente tinham fome. Foi buscar comida e distribuiu pelos doentes da sala, a senhora da ponta queria Nestum, ri-mos. Queques, bolachinhas, leite ou fruta ainda se arranja agora Nestum numas urgências de hospital é um pedido equivalente a uma mariscada.

Entretanto o Sr. Manuel acabou o seu tratamento eram 3h mas não tinha ninguém na sala de espera que o levasse para casa, a enfermeira ligou para familiares mas ninguém atendeu, emocionei-me. Isto deve ser a situação mais banal numas urgências de hospital, mas a cara de tristeza do Sr., aquela impotência, o não saber ir para casa despedaçou-me. Mas a super heroína rapidamente arranjou um maca e deitou o S. Manuel no corredor para passar a noite, tapou-o com uma mantinha e disse-lhe "Sr. Manuel vai passar a noite connosco, pode descansar que o seu filho de manhã vem buscá-lo". Se isto não é amor pelo próximo, não sei o que será.

Fui atendida. Mandaram-me fazer RX, análises e ainda tive direito a medicação intra-venosa. Para quem tem fobia a agulhas nada mau.

No caminho para o RX um auxiliar encaminhou-me por corredores e corredores apinhados de pessoas em macas, "isto é um pesadelo", exclamei. Respondeu-me que aquilo não era nada, que estava a ser uma noite muito calma e tranquila. Contou-me que em Dezembro quando as urgências de Almada e Barreiro fizeram greve isso sim era um pesadelo. Não consigo imaginar o cenário. O que eu estava a ver para mim já era suficientemente caótico, não havia 1 metro disponível sem macas. 

Fiz tudo o que o médico mandou e restou-me aguardar novamente na sala do pânico. Naquele momento uma velhota decidiu fazer uma gritaria gigantesca, pensei que a estavam a amputar ou algo do género, mas não, estava só descontrolada e novamente a enfermeira Matilde entrou em ação para tentar acalmar a senhora. 

Enquanto esperava pelos resultados dos exames fiz medicação intra venosa e fiquei em pânico quando a enfermeira disse o que ia fazer-me. Avisei-a que odeio agulhas e ela foi tão querida que na verdade mal senti a espetadela. Chorei novamente!

Saí daquelas urgências às 5h com diagnóstico de pneumonia e ordem de repouso para 6 dias. Dirigi-me à enfermeira Matilde Almeida Guerreiro e disse-lhe: "Obrigada pelo seu profissionalismo é muito humana", e ela ficou sem saber o dizer. Deve ser tão raro alguém agradecer e reconhecer o trabalho que presta que ficou sem palavras. 

Adorava que este texto chegasse à enfermeira Matilde e a todos os profissionais que trabalham diariamente no setor da saúde, enfermeiros, médicos, auxiliares, etc, simplesmente para agradecer o trabalho que desempenham nas unidades de saúde do nosso país, 24h por dia, 7 dias por semana.

É preciso ter muita vocação e coração. 

Obrigada. 
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