REFERENCIAÇÃO é aquela palavra que regra geral está mal conotada na gíria escolar e da qual os pais pouco informados fogem a sete pés.
O meu filho é referenciado e fui a primeira pessoa a achar ótimo para todos. Ótimo para ele que iria receber acompanhamento de profissionais especializados em comportamentos desviantes. Ótimo para a educadora aprender a gerir as frustrações, as birras e acima de tudo ajudá-lo a conviver com os pares. Ótimo para nós pais porque era mais uma ajuda, para além da que recebemos a título particular.
Ter um filho referenciado não é o fim do mundo, nem motivo de vergonha. Eles não são mais, nem menos que os outros, simplesmente precisam de dinâmicas que só as técnicas destes programas sabem sugerir. O salvador é seguido pela equipa de Intervenção Precoce de Setúbal que tem sido incansável em dar dicas e traçar planos para nos guiar em todo o processo.
Ser referenciado quer dizer que há uma equipa pluridisciplinar que avalia e acompanha a situação durante o tempo que for necessário. É totalmente gratuito e os papéis são submetidos através dos infantários e escolas.
Não consigo compreender como é que há crianças com problemas notórios e os pais recusam-se a receber ajuda. Juro que não percebo.
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Autora Mães.PT
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