15 novembro 2018

A segunda pior saida de mulheres de sempre

Esta foi a segunda porque a primeira aconteceu o ano passado tal como tinha contado aqui.

Pois bem...

As mesmas malucas do costume mais a prima da outra, decidiram sair por essa noite fora à procura do desconhecido. Eu estava numa de repetir o mesmo estabelecimento noturno da primeira vez, mal por mal já sabíamos com o que contar, mas a prima da outra queria mais emoção, uma noite diferente dizia ela. 

Como nós somos mulheres muito adultas não chegámos ao consenso sobre quem levaria o carro portanto tivemos de sortear com papelinhos, como quem elege o amigo secreto para as prendas de Natal lá da empresa. E a quem é que calhou a grande sorte de levar o bote? quem? quem? EU. Foda-se ninguém merece.

Consenti por falta de alternativas e lá fomos nós todas malucas por esse maquidame a fora. Jantámos sushi, elas beberam vinho e eu coca-cola alternada com água. Brutal. O jantar foi divertido, falámos sobre as porcarias do costume (pilas, sexo oral, bacamartes e pénis), rimos e mesmo sem álcool até foi fixe.

Seguimos para Lisboa, essa cidade do pecado, e lá fomos para o tão afamado espaço de laser frequentado maioritariamente por pessoas que se apaixonam por pessoas do mesmo sexo. Até aqui tudo bem nada contra, sou uma senhora de mente aberta sem qualquer tipo de problemas com isto.

Basicamente fomos as primeiras a chegar, o porteiro bom como um palmier coberto e nós 2 par de jarras que passaram muito bem por lésbicas. Tranquilo, aos 35 anos estou-me a cagar para aquilo que os outros pensam, quem diz é quem é.

Fomos descendo e tive um espasmo de felicidade quando vi o balcão repleto de cavalheiros muito bem apessoados, com o tanquinho de fora e papylon só para dar aquele charme de gajo bom da noite.

Pedimos as nossas bebidas e ali ficámos em amena cavaqueira a conversar sobre o enxoval da minha amiga que ia casar! Quantos panos com picôt tinha na gaveta, as melhores panelas para cozinhar fricassé, técnicas ancestrais de ponto de cruz, entre outros temas das lides domésticas.

O espaço foi ficando composto e cada vez chegavam mais gostosos, acompanhados por outros gostosos e isto até podia ser o jardim do éden caso eles gostassem de pipis. Só que não. Cada um sabe de si e Deus sabe de todos. Mas que é pena, lá isso é.

A sensação de estar neste espaço foi semelhante a ir a uma Louis Vuitton e Louboutin, material de alta qualidade, acabamentos de luxo mas como és pobre ficas só a ver.

Nunca vi tantos homens bonitos concentrados num só espaço. Também nunca vi tanta demonstração pública de afeto, demasiada até para esta idosa do campo.

Houve shows de "bailarinas", houve todo o álbum da Lady Gaga, YMCA com coreografia, também houve cenas bizarras que talvez com um copito de vinho não fossem assim tão relevantes.

A prima da outra tinha razão, foi diferente mas nunca mais saio só com mulheres.
Vão-se lixar .|.


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Autora Mães.PT

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