Medo, muito medo é o sentimento instalado por estas bandas. Apesar de ser o 2.º e da primeira experiência ter sido muito positiva e sem traumas, a verdade é que continuo a morrer de medo do parto. Os partos nunca são iguais e só peço que seja no mínimo igual, limpinho, sem dores, rápido, e sem surpresas de última hora. Já agora, também era fixe sem um batalhão de estagiários a praticarem a matéria de dilatação no meu pipi lindo.
Às 34 semanas...
Estou fartinha do estado de graça.
Estou fartinha do inchaço geral do meu corpo, em particular dos pés de elefante.
Estou fartinha de não conseguir calçar-me.
Estou fartinha das dores pélvicas que me fazem andar pior que a minha avó de 80 anos.
Estou fartinha de não conseguir limpar o rabo na perfeição pois os braços não esticam.
Por falar em rabo, estou fartinha do meu rabão astronómico.
Estou fartinha de ser gentilmente comparada à Montserrat Caballé.
Estou fartinha de estar deitada a contar as cagadelas de mosca do tecto da sala.
Estou fartinha das insónias após o piqueno Salvador acordar religiosamente às 2h00 para o leite.
Estou fartinha de estar em casa, ter tanto que fazer e sentir-me uma inútil.
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